domingo, 13 de abril de 2008

MUDAR LAGARTAS DE UMA PLANTA, PARA OUTRA

Estamos a atravessar um mês, em que as lagartas da maioria das espécies, abundam. Um dos cuidados que devemos ter, encontra-se na mudança das lagartas de uma planta para outra. Conforme as plantas vão sendo digeridas, vão atingir um grau de destruição, que a partir do qual é necessário deixá-las recuperar, com o risco da capacidade de se regenerar, ficar irremediavelmente perdida. As lagartas da fase L1 e L2, são as mais dificeis de mudar, pois como são pequenas, facilmente se perdem caso caiam, e também porque têm uma menor capacidade de se voltarem a prender às folhas, tanto pela sua dimensão como pela falta da seda, existente no seu local de nascimento. No percurso habitual entre o local de repouso e o local de alimentação, as lagartas desta fase vão deixando um caminho de seda, que lhes permite deslocarem-se com segurança. As lagartas de Papilio Machaon, descansam na posição de esfinge, suportando-se apenas pelas patas falsas (pseudópodos), coisa que fazem com segurança, pois a superficie onde se encontram é coberta por seda, tornando-se muito aderente. Assim sendo, e como na nova planta, nada disto existe, há duas regras que são aconselhaveis seguir para fazer a muda:
A primeira, é utilizar um objecto com algum atrito e que seja fino, para que seja mais facil agarrarem-se. Poderá ser um pauzinho ou um palito.
A segunda, é nunca mudar uma lagarta que esteja parada, pois muitas delas que se encontram imoveis, estão na fase de mudança de pele e nessa altura algumas especies como é o caso das Papilio Machaon, já não têm fucionalidade nas patas abdominais, apenas estão presas pelas patas falsas à seda que teceram, para que ao sairem do antigo involucro, este fique preso e facilite a muda. Caso se mude uma lagarta nesta fase, ao mudar de folha, perde-se esta ligação à seda, o que faz com que ela não se consiga segurar por falta de eficacia destas patas abdominais "velhas" e ao mesmo tempo cria-se uma dificuldade enorme, na mudança da pele, pois a antiga, não estando presa, vai-se mantendo por muito tempo, na metade traseira do corpo da lagarta, inviabilizando a utilização das novas patas abdominais, até que essa pele se liberte definitivamente.

Sem comentários: